Em pronunciamento feito na noite de ontem, na Câmara Municipal, no encerramento do 9º Encontro Regional de Cidadania, promovido pelo IDC – Instituto de Defesa da Cidadania, Odelmo Leão enalteceu “a importância do equilíbrio financeiro-administrativo e da valorização das pessoas” na condução da gestão pública. Ostentando o lema de que “fazer política é servir as pessoas”, Odelmo relatou a sua experiência como prefeito de Uberlândia, por dois mandatos consecutivos, destacando as principais obras que realizou nas mais diferentes áreas da administração, “com os pés no chão e sempre voltado para as verdadeiras e legítimas aspirações populares”, que pautaram cada ato de seu governo, . Disse que olhou para a cidade “como um todo, dando tratamento igual a todas as regiões, realizando obras para atender os problemas do presente, sem jamais perder de vista o futuro”. Para atender suas metas na saúde, por exemplo, Odelmo disse que sempre investiu acima das exigências constitucionais e que, para não deixar o povo sem assistência, não hesitou em substituir a União e o Estado em suas obrigações relativas ao atendimento médico-hospitalar de média e alta complexidade, pagando uma elevada conta, que depois cobrou na Justiça. Também relatou suas inúmeras e bem sucedidas ações na educação, no saneamento básico, na área social, na habitação, no transporte coletivo e em outros setores públicos, “tudo isso sem onerar a população com injustos e descabidos aumentos de impostos”. Na parte final de sua fala, Odelmo Leão manifestou sua preocupação com os destinos do Brasil. Exibindo números, desmentiu as declarações otimistas do governo federal, “que está maquiando a realidade brasileira, tentando mostrar uma situação que não existe, pois o país está marchando em direção a um verdadeiro caos econômico, beirando a uma ‘argentinização’, que poderá levá-lo a um caminho sem volta”. Criticando a delicada condição econômica dos municípios, “vítimas de uma distribuição tributária perversa, em que 84% da arrecadação de impostos vão para os cofres da União”, Odelmo pregou a necessidade da retomada imediata do pacto federativo e de uma reforma tributária consistente, que contemple os municípios com uma participação substancial na receita do governo federal. Completou sua participação, pregando a inadiável realização de uma reforma política, principalmente no processo eleitoral, defendendo mandatos de cinco anos em todas as esferas, eleições gerais e o voto distrital misto. As palestras do Encontro foram abertas pelo advogado Arnaldo Silva Junior, presidente do IDC, que fez um retrospecto das ações do órgão durante este ano e manifestou seu propósito de transformar em ações práticas as sugestões e ideias recolhidas ao longo dos vários encontros promovidos pelo instituto. Também falou na oportunidade, a convite o IDC, o mestre e doutor em ciência política pela USP e comentarista político da Rede Vida de TV e da Rádio Estadão, professor Humberto Dantas, que discorreu brilhantemente sobre a importância da participação popular nas decisões políticas e governamentais em um regime democrático.
